quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ilustrador de “TRON: O Legado” visita o Brasil para divulgar o filme

Entrevista para a Revista Monet - 12/10/2010
por Sarah Mund

Formado em design industrial e arquitetura, David Levy desenvolveu sua carreira no mundo dos games, com jogos de sucesso em seu currículo, como Turok: Evolution, NBA Jam, Legends of Wrestling e Prince of Percia 3. Por estar tão acostumado a trabalhar com a criação de universos fantástico ele foi chamado para trabalhar em TRON: O Legado, novo filme da Disney que estreia em dezembro no Brasil.

Continuação da ficção de 1982 estrelada pelo ganhador do Oscar Jeff Bridges no papel de Kevin Flynn, o filme mostra seu filho, Sam Flynn (Garrett Hedlund), que ao investigar o desaparecimento do pai, se vê preso no mundo povoado por programas de computador e jogos fatais onde eu pai vive há vinte e cinco anos com sua fiel confidente Quorra (Olivia Wilde).

Levy visitou o Brasil para divulgar a produção e a MONET conversou com ele. Confira o bate-papo exclusivo:

Você acredita que seu trabalho anterior com games te ajudou a desenvolver seu trabalho em TRON?
Sem dúvida! Eu acho que essa é uma das razões para eles terem me chamado para o projeto. Nos video games nós criamos universos do nada, precisamos contruir o lugar inteiro, desde mesas à luzes.



O que você usou como referência do filme de 1982?
Houve muita influência. Até mesmo porque o Jo [Joseph Kosinski, diretor do longa] e o Steven Lisberger, que foi diretor do primeiro filme [e agora produz sua continuação] trouxeram vários rascunhos originais dos artistas dos anos 1980.

O que você teve que atualizar destes rascunhos e do conceito original do filme?
Na verdade, pra ser honesto, nada. Era tudo muito original desde o começo, sabe? E o diretor tinha uma ideia muito clara do que queria, então nunca questionamos ele, apenas fazíamos o que ele pedia.

Por quanto tempo você trabalhou no projeto do filme?
A princípio, fui contratado para trabalhar por dois meses, mas de repente eles se tornaram dois anos. No começo, eu estava lá para criar alguns conceitos artísticos e diferentes atmosferas, mas depois surgiram trabalhos com efeitos especiais, o que foi totalmente novo para mim. Durante o primeiro ano trabalhamos com o conceitual e no segundo validamos tudo o que havíamos decidido. Foi aí que percebemos o quão grande era o universo de TRON. Chegamos a achar que o trabalho nunca ía acabar.


Existe alguma possibilidade de o filme se tornar um jogo?
Já está sendo feito. E foi bom você perguntar, porque antes a forma como jogos baseados em filmes eram feitos era muito diferente. As empresas que desenvolviam os jogos não tinham muito contato com os estúdios. Aqui aconteceu o contrário. Muito do nosso trabalho conceitual foi entregue aos desenvolvedores do jogo. Foi um trabalho bastante aberto.


Você prefere trabalhar em jogos ou em filmes?
Eu trabalhei com jogos por muito tempo, então dois anos atrás TRON foi uma grande mudança para mim. E eu estou amando! Quando você trabalha com jogos, nunca tem a oportunidade de andar no que você construiu. Agora eu tive a chance de realmente andar num set que eu construí. É incrível poder tocar e ver os atores lá. Por ser mais realista, eu acho que agora gosto mais dos filmes.

Fonte: Revista Monet

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